quarta-feira, 10 de junho de 2009


Os macaquinhos, conhecidos como "Três Macacos Sábios", ilustram a porta do estábulo sagrado, um templo do século 17 localizado na cidade de Nikko, no Japão. Sua origem é baseada em um trocadilho japonês. Seus nomes são "Mizaru"(o que cobre os olhos), "Kikazaru" (o que tapa os ouvidos) e "Iwazaru" (o que tapa a boca), que na língua é traduzido como "não ouça o mal, não fale o mal e não veja o mal". A palavra "saru", em japonês, significa "macaco" e tem o mesmo som da terminação verbal "zaru".
Aproveitando então o trocadilho, não poderia deixar de fazer correlação com a política. Acredito que os governantes, os poderosos, e até mesmo nós, meros cidadãos, precisamos aprender um pouquinho mais com os 3 macacos sábios.


Observem e (Pasmem):

Alguém perguntou ao Sr. Bush (na época dos atentados) porque a familia Bin Laden saiu dos EUA sem maiores problemas?! Não houve extenso interrogatório e nem ao menos foram detidos no país até que muitas coisas fossem esclarecidas, o governo Bush apenas respondeu que segurá-los nos EUA seria considerado sequestro.

Vamos aos fatos:

Em 1977, Mr. Bush (pai) argumentou com Mr. Bush (filho) que já era tempo de arranjar um emprego de verdade, ele montou e colocou a seu dispor aquela que seria sua 1a. companhia de petróleo - chamada Arbusto (a tradução em português da palavra inglesa "bush"). Um ano depois, o Sr. Bush filho recebia financiamentos de um homem chamado James A. Bath. Era um velho amigo dos tempos em que serviu na Guarda Aérea Nacional do Texas. Ele, James, fora contratado por Salem Bin Laden - irmão de Osama - para aplicar o dinheiro dos Bin Laden em várias empresas texanas. Algo como U$ 50 mil - ou 5% do controle da Arbusto - chegaram à empresa via sr. Bath.

A maioria de nós com certeza não sabia disso, e supreendo-me ainda mais ao saber que o sr. Bush filho e pai conhecem os Bin Laden há muito tempo.

Salem Bin Laden foi ao Texas pela 1a. vez em 1973. Mais tarde comprou umas terras, construiu uma casa para morar e criou a Bin Laden Aviation.
Os Bin Laden são uma das famílias mais ricas da Arábia Saudita. Sua gigantesca empresa construtora praticamente construiu o país, das estradas às estações de energia, aos arranha-céus e aos edifícios públicos. Eles construiram ainda uma das pistas de pouso que o sr. Bush pai usou na Guerra do Golfo, e nada mais nada menos que a pista particular dos Bush.

Muitas vezes bilionários, começaram a investir em outras iniciativas ao redor do mundo, incluindo os EUA. Eles mantém estreito relacionamento comercial com conglomerados americanos - Citigroup, General Eletric, Merryl Lynch, Goldman Sachs e Fremont Group, esta uma subsidiária do gigante de energia Becthel. De acordo com a The New Yorker, a família Bin Laden também possui uma parte da Microsoft e da gigante das linhas aéreas e da defesa, Boeing. Eles doaram U$ 2 milhões para a sua alma mater, a Harvard University, outros U$$ 300 mil para a Tufts University, e dezenas de milhares mais para o Conselho Estratégico do Oriente Médio, um conselho de notáveis presidido pelo antigo embaixador americano na Arábia Saudita, Charles Freeman. Além da propriedade que possuem no Texas, eles têm imóveis na Flórida e Massachussets.

Infelizmente, Salem Bin Laden morreu em uma acidente de avião no Texas em 1988 (o pai dele, Mohamed, também morreu em um acidente de avião em 1967 - coincidências à parte - lá vem o 11 de setembro). Os irmãos de Salem - há cerca de 50 deles, incluindo Osama - continuaram a tocar as empresas e investimentos da família.

Depois de deixar a presidência, Bush pai tornou-se consultor muitíssimo bem pago de uma empresa conhecida como Carlyle Group. Um dos investidores da Carlyle Group era ninguém menos que a família Bin Laden. Os Bin Laden tinham pelo menos U$ 2 milhões nesse grupo.

Até 1994 o sr. Bush filho chefiou uma companhia chamada Cater Air, que era propriedade da Carlyle Group. No mesmo ano, o sr. Bush filho deixou a Cater Air em situação pré-bancarrota, tornou-se governador e rapidamento viu-se a Texas University - uma instituição estadual - fazer um investimento de U$ 10 milhões no Carlyle Group. Coincidentemente a familia Bin Laden subiu no trem da alegria do Carlyle em 1994.

O Carlyle Group é um dos maiores empreendedores do setor de defesa dos EUA, entre vários outros ramos de trabalho. Eles não chegam a fabricar armas, eles compram fábricas de armas em má situação financeira, transformam em empresas lucrativas, e as vendem por enormes quantidades de dinheiro.

As pessoas que comandam a Carlyle Group compõem um quem é quem de ex-poderosos na administração pública, entre vários poderosos americanos até ao ex-primeiro ministro britânico John Major. Olha aí o poder centralizado!

O chefão da Carlyle Group, Franl Carlucci, é também membro do board de diretores do Conselho de Políticas para o Oriente Médio, juntamente com um representante dos negócios da familia Bin Laden.

Depois do 11 de setembro, vários jornais publicaram essa estranha coincidência. O sr. Bush pai e seus amigos no Carlyle Group não renunciaram aos investimentos dos Bin Laden. O exército de gênios de Bush filho entrou então em ação e tratou de dar uma enrolada. Disseram que não poderiam pintar esses Bin Laden com os mesmos pincéis que usamos para pintar Osama. E então apareceu um tanto daqueles "bons" Bin Laden - incluindo a mãe de Osama, uma irmã e dois irmãos - com Osama no casamento do filho, apenas 6 meses e meio antes do atentado.

A família Bin Laden não só cortou seus laços com Osama como continuou a financia-lo, da mesma forma como sempre fez por anos a fio. Osama Bin Laden tem acesso à fortuna de sua família, sua parte estimada em U$$ 30 milhões no mínimo, e os Bin Laden, bem como outros sauditas, mantiveram Osama e seu grupo Al Qaeda bem financiados.

Somente 2 meses depois dos ataques, a familia Bush resolveu parar de compartilhar a cama com os Bin Laden, a Carlyle Group foi pressionada a devolver seus milhões aos Bin Laden e a pedir que estes deixassem a companhia como investidores.

Para piorar as coisas, descobriu-se ainda que um dos irmãos de Bin Laden - Shafiq - esteve ele mesmo, de fato, presente numa convenção de negócios do Carlyle Group em Washignton na manhã de 11 de setembro. No dia anterior, na mesma convenção, o sr. Bush pai e Shafiq estiveram conversando animadamente com todos os bacanas - e ex-homens de governo do - Carlyle Group.

Continua...

Ciça Antunes

Um comentário:

  1. Desde os anos 20, pós 1 GM quando os EUA tiveram certeza de sua hegemonia econômica, o capitalismo autônomo por eles vivenciado mostrou sua face dúbia: Enquanto o conservadorismo tão perseguido pela política e ideologia do país, o puritanismo que podemos considerar científicamente "Americanismo" utiliza-se da coerção social e moral (ex. Lei Seca) acompanhada da abstração (ind. cinematográfica) para convencer a pop. americana que o isolacionismo é o principal vetor de estímulo econômico e des. social. Ao mesmo tempo que Gangsters Al Capones, retornavam ao estado em propinas o valor que a economia "oficial" perdia com o proibicionismo de venda de bebidas, material pornográfico,etc. Após a crise de 29, o New Deal visado como única alternativa a caótica imagem do capitalismo que se afirmava em meio a miséria mundial, obteve resultados extremamente animadores na elevação da produtividade, sem que a estrutura de castas cristalizadas e dos det. de poupança e devoradores de mais-valia fosse alterada. Nada como a 2GM para que a hegemonia americana se consolidasse! Para que mantivessem a posição obtida pós-guerra, os EUA realmente se empenharam em mostrar a real face do corporativismo capitalista: políticas como a do "empobrece seu vizinho", concessão de crédito pós crise de 80 aos países em desenvolvimento, medidas financeiras especulativas e desregulamentação do mercado de crédito e finalmente o temor disseminado pela mídia para que os Americanos pudessem sentir-se "vingados" apoiando a investida bélica no Iraque.Apesar de duras críticas ao semi-feudalismo que consolidou o capitalismo Europeu, que abrange classes tradicionalmente parasitárias detentoras de renda, o EUA mostram os reais tentáculos da tão exaltada : moderna racionalização da produtividade, liberalismo, democracia e "liberdade focada no bem estar social".O retorno do investimento bélico em Guerras para afirmar sua supremacia é convertido em bolhas especulativas que tornaram a eclodir, revelando novamente ao mundo a fragilidade do keynesianismo e do mercado financeiro, como na crise atual. E agora, seria a concordância mundial quanto ao carisma de Obama, suficiente para superar o abismo que a economia capitalista se encontra? Esperaremos um novo 11/9 para que os EUA tenham alguma justificativa para esvair suas reservas financeiras em guerras e assim voltar a sua posição suprema? Será a saída de Bush que mudará a política externa americana e o caráter corrupto e especulativa de sua economia? Pelo menos agora Bin Laden pode sair da toca, pois o cap. corre riscos bem mais sérios que um mito ser desvendado. E ai? Vocês acreditam que esse "vilão maldito que anti-EUA" irá aparecer um dia e detalhar o que ronda os acontecimentos do 11/09?

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